A Honda está seguindo a tendência das montadoras globais ao investir dezenas de bilhões de dólares na eletrificação de sua frota. A empresa japonesa anunciou na terça-feira (12) que destinará cerca de 5 trilhões de ienes (US$ 39,8 bilhões) para eletrificar sua linha de veículos na próxima década, incluindo investimentos em software, pesquisa e desenvolvimento.
O objetivo da Honda é lançar 30 novos modelos de veículos elétricos até 2030, incluindo dois SUVs e um mini carro. Além disso, a fabricante planeja aumentar sua produção para mais de 2 milhões de EVs anualmente.
A Honda está particularmente focada no desenvolvimento das chamadas “baterias de estado sólido”, uma fonte de energia que se espera ser mais leve, recarregar mais rapidamente e oferecer maior autonomia de viagem em comparação com as baterias de íons de lítio tradicionalmente usadas em carros elétricos. Até o momento, a empresa já investiu 43 bilhões de ienes (US$ 343 milhões) no desenvolvimento de sua própria linha de baterias de estado sólido, planejando lançá-las no mercado “na segunda metade” desta década. Enquanto isso, a Honda continua dependendo de baterias de lítio fornecidas por parceiros externos. Nos mercados da América do Norte e China, a Honda possui acordos de fornecimento de baterias com a General Motors e a CATL (fornecedora da Tesla), respectivamente.
Comparada a alguns de seus concorrentes globais, a Honda está ingressando na corrida dos veículos elétricos um pouco mais tarde. Muitas outras montadoras anunciaram investimentos multibilionários semelhantes nos últimos dois anos. No entanto, a Honda também continua a investir fortemente em híbridos como tecnologia de transição.
Outras montadoras, como a Volkswagen e a Toyota, já investiram pelo menos US$ 35 bilhões cada em veículos elétricos. A Hyundai prometeu uma quantia semelhante para preparar sua linha para o futuro, incluindo investimentos em veículos elétricos e autônomos.
Embora o anúncio da Honda não tenha causado grandes mudanças nas ações da empresa em Tóquio, suas ações no índice Nikkei 225 caíram 1,8% nesta terça-feira.
